4/8 – CONSIDERAÇÕES SOBRE AS DIFERENTES ESCOLAS DE YOGA – Raja Yoga

Veja também… 3/8 – CONSIDERAÇÕES SOBRE AS DIFERENTES ESCOLAS DE YOGA

Raja Yoga

RAJA YOGA (Yoga Real)

“Assim como o jardineiro usa a pá para cavar, assim o homem usa a mente para lidar com o mundo”

O termo Raja Yoga significa Yoga Real. Raja Yoga afirma que os poderes interiores da mente não podem nunca ser ampliados por meios externos, mas somente pelo próprio exercício. Aqui a lei do crescimento de dentro para fora é suprema.

Pelo uso do pensamento, os pensamentos crescem. Isso também é válido para o amor e a vontade. Não há nenhuma outra maneira de obter esses crescimentos. A realização desse fato conduz o adepto a se firmar por seus próprios pés, e o cura de qualquer tendência de depender de outros, mesmo que sejam mestres ou professores que ele admire. Esses exercícios podem tornar-se muito difíceis e mesmo serem impossíveis se o corpo estiver em más condições, tais como: distúrbios do sistema nervoso, respiração irregular, desiquilíbrio e tensões demasiadas.

Os Hatha yogis aceitam que todo crescimento mais elevado vem de dentro, mas ainda dizem: Não ha Raja sem Hatha, porque descobriram que o corpo precisa de alguma preparação.

Para os adeptos do Raja-Yoga, YOGA consiste na “Cessação das flutuações mentais” em sânscrito “CITTA VRTTI NIRODA”:

CITTA é a mente, o instrumento que fica entre o homem e o mundo. Influenciada pelas coisas do mundo exterior através dos sentidos, apresenta ao homem interior um quadro dessas coisas, como uma fotografia. Influenciada pelo homem interior, ela transmite, em ação no corpo, a força do pensamento, que é sua característica positiva.

Ela tem assim suas funções – uma receptiva ou negativa e outra ativa ou positiva. Ela transmite do mundo exterior para o homem interior e também do homem interior para o mundo exterior.

VRTTI – significa rodamoinho.

NIRODA – significa controle.

Assim a prática do YOGA é o controle dos rodamoinhos ou flutuações da mente, ou simplesmente o direcionamento voluntário dos pensamentos, ou ainda, o controle das ideias que estão na mente.

A mente do homem comum está muito longe de ser um instrumento sob seu controle.

Ela está sempre recebendo impressões, mesmo durante o sono, das imagens de centenas de objetos, clamando por sua atenção através de seus ouvidos, pele, nariz, boca e ainda pelas impressões telepáticas vindas de outros. Em acréscimo a tudo isso há um estado de agitação interior borbulhando, formando visões perturbadoras, excitadas por emoções descontroladas ou pensamentos inquietantes. Patãnjali em um de seus aforismas diz – “Deixe-o adquirir o controle de tudo isso, e sua recompensa será a de ficar no seu verdadeiro estado”.

 

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