É melhor meditar no coração do que na mente.
A mente é como a Times Square na véspera de Ano Novo em Nova York. O coração é como uma caverna longínqua no Himalaia. Se você meditar na mente, talvez consiga meditar por cinco minutos. Desses cinco minutos, talvez medite poderosamente por apenas um minuto. Primeiro, você pode ter alegria e satisfação, mas então pode sentir um deserto árido, ou sua mente vai ficar repleta de pensamentos outra vez. Todavia, se você meditar no coração, vai adquirir a capacidade de se identificar com a alegria e a satisfação obtidas. Elas se tornarão permanentemente suas.
Há uma enorme diferença entre o que você pode conseguir da mente e o que pode conseguir do coração. A mente é limitada por natureza. O coração é ilimitado. Em seu profundo interior, você é paz, luz e felicidade infinitas. Obter uma quantidade limitada é fácil. A meditação na mente pode proporcioná-la a você. Contudo, é possível obter infinitamente mais se meditar no coração. Suponhamos que você tenha a chance de trabalhar em dois lugares. Num deles, vai ganhar duzentos dólares, no outro, quinhentos. Se você for sábio, não vai desperdiçar seu tempo no primeiro lugar.
Ao meditar, sinta que você é uma criança num jardim florido.
Esse jardim é o seu coração. Uma criança pode brincar num jardim por várias horas. Ela irá de flor em flor, mas não sairá do jardim. A criança conseguirá alegria da beleza e fragrância de cada flor. Sinta que dentro de si mesmo há um jardim e que você pode permanecer ali o tempo que quiser. Dessa maneira, vai conseguir meditar no coração.
Sua mente tem uma enxurrada de perguntas.
Existe apenas um professor
Capaz de respondê-las.
Quem é esse professor?
Seu coração, amante do silêncio.
Sri Chinmoy – Livro: As Asas da Alegria – Editora Pensamento.
